O Menino Dos Pés Descalços

Von Andréia Morena De Mello Murbach

Esta obra vai discorrer a respeito da vida de uma família que inicia no começo do século dezenove e vai chegar até os dias de hoje. As dificuldades das famílias que aqui chegavam de outros países e tinham de se adaptar à nossa realidade, que estava bastante atrasada, em relação aos países de onde vinham os estrangeiros.

• Sprache: Deutsch
• Herausgeber: Clube de Autores
• Erscheinungsdatum: 9. Juni 2022

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

DEDICO ESTA OBRA, A TODAS AS PESSOAS

QUE FORMARAM ESTE PAÍS DO ZERO.

AOS PRIMEIROS HABITANTES DO BRASIL.

E PRINCIPALMENTE AQUELES

DAS QUAIS SE ORIGINA MINHA FAMÍLIA 2

O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

PRÓLOGO

Esta obra vai discorrer a respeito da vida de uma família que inicia no começo do século dezenove e vai chegar até os dias de hoje.

As dificuldades das famílias que aqui chegavam de outros países e tinham de se adaptar à nossa realidade, que estava bastante atrasada, em relação aos países de onde vinham os estrangeiros.

Vamos falar de uma família Suíça, que chega ao Brasil, junto a família real.

Muita coisa irá acontecer com eles.

E no mundo totalmente diferente, do que o que deixaram, para trás, terão de viver.

Construíram sua história e deixaram seu legado a filhos, netos, bisnetos e os que em volta estiverem a observá-los.

Vamos conhecer um a um e ver onde termina esse relato.

Uma história familiar é feita de muitas histórias e de muitos elementos onde cada um tem uma história na história da vida familiar.

O que nos leva a observar o quão diferentes podem ser os membros de um mesmo clã familiar, com as mesmas chances e as mesmas dores.

Vamos a eles.

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

O CASAMENTO DE HANS E MAGDALENA A Suíça é um país muito bonito, diz Hans, Só que mais bonito que a Suíça é sua filha Magdalena, seu Heitor.

Fala Hans, que está conversando com o pai da moça e esta entra na sala.

O pai diz:

Eu também acho, Magdalena linda.

Mas, vamos aos negócios.

Hans, fala dos negócios e diz que pretende expandir mais um pouco, até o final do ano em que estão.

Os pais de Hans, Gottfried e Hanna, confiam ao filho nos negócios por ser muito assertivo em suas apostas.

Ele tem dezenove anos e apesar da pouca idade já tem muito jeito para os negócios.

Ele e o pai de Magdalena negociam uma fazenda e estão lucrando muito alto no final de um ano.

As famílias ficaram amigas e Hans pede autorização do pai da moça para cortejá-la e este dá.

Quando ela entra na sala e descobre que o objeto de seus olhares a irá cortejar fica muito feliz.

Hans é alto, loiro, de olhos azuis e tem um sorriso lindo.

É simpático, muito bonito e rico.

Apesar da pouca idade já têm negócios próprios e possue muito estudo.

O que não é comum nem mesmo para os padrões Suíços de então.

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

Ele não só vem de uma família abastada como vem de uma família nobre.

O que a torna uma princesa no sentido literal da palavra.

Isso faz Magdalena encantar-se mais ainda com seu pretendente.

Ela é uma jovem de um metro e setenta e cinco, magra, longos cabelos negros encaracolados e olhos azuis.

Olhos que realçam a beleza da moça, que de rosto é linda.

Ela estudou, embora isso não seja comum para a época.

Mas como sempre foi inteligente demais para sua idade, seus pais a mandaram estudar, para não passarem apuros com a jovem.

Ela recém voltou da escola interna onde esteve.

Ela tem dezessete anos e ele vinte, quando começa a ser cortejada por Hans.

Ele a presenteia, com várias joias, ao longo do namoro.

O que é comum.

O que é incomum é a habilidade dele em confeccioná-las.

Acima de tudo, os dois conversam muito.

E sobre muitas coisas.

A admiração pela beleza, uma do outro é recíproca.

Eles namoram na sala da casa dos pais de Magdalena.

Onde são vigiados pelos pais da moça.

O namoro consiste em:

Ela dá audições de piano clássico para todos.

E conversarem sobre muitos assuntos.

Hans, sempre vem no começo da noite, pois seu dia de trabalho na fazenda começa cedo e termina, quando o sol se põe, no horizonte.

Quando não está com ela, está confeccionando jóias e relógios para si mesmo e para ela.

Ele é muito hábil na confecção de caixas para relógios e nas máquinas dos mesmos, tendo isso como um hobby.

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

Mas é uma boa forma de ganhar a vida, caso deseje um dia.

Ele mesmo confeccionou para ela em ouro um camafeu muito bonito, que ela não larga.

Os pais começam seu enxoval, pois sabem que a relação deles está séria e os dois se entendem muito bem e pelo olhar.

E isso todos já notaram.

Foram feitos um para o outro.

Tem ideias e ideais muito próximos.

As famílias estão muito felizes com a aproximação de ambos.

O amor vai crescer, quando Hans viajar pela Europa a negócios e ambos tiverem de ficar longe por um tempo.

A distância e o tempo longe, fará ambos sentirem saudades um do outro de forma tão acentuada que não irão querer mais se afastar.

Ele a pede em noivado, a festa de noivado é feita e é firmado o compromisso de casamento um ano depois que começaram a namorar.

O casamento será no ano seguinte com toda a pompa possível.

O INÍCIO DA VIDA A DOIS

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

O início da vida a dois é bastante movimentado.

Eles iniciam pela viagem de núpcias.

Uma viagem à Europa que durou dois meses,.

Ao regressarem ele teve de tomar as rédeas dos seus negócios e colocá-los em dia e por isso a partir daí, faziam viagens curtas dentro do próprio país até a visita dos ilustres convidados que mudaria o rumo de sua história.

Magdalena e Hans vão fazer longos e lindos passeios românticos nos Alpes Suíços e em outros lugares lindos do país.

Tudo isso antes de Magdalena dar à luz ao primeiro filho.

Quando fazem um ano de casados, recebem em sua casa visitas ilustres, entre elas está a princesa da Áustria, Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena.

Durante a visita, ficam sabendo do seu futuro casamento com o imperador do Brasil e recebem o convite para irem com ela ao Brasil para explorar o novo país em construção.

Hans considera a ideia boa.

Conversa muito a respeito com a Magdalena.

Eles ficam convencidos que farão excelentes negócios a partir de lá.

E Hans em comum acordo com Magdalena resolve embarcar em uma viagem que os fará mudar suas vidas para sempre.

Mas em hipótese nenhuma, considera deixar Magdalena e o filho para trás, para buscar depois quando já tiver ido e verificado se as coisas sairão do jeito imaginado.

Ficar longe de Magdalena para ele dói e para ela também ficar longe dele dói.

A saudade doída que sentiram um do outro no tempo do namoro, quando este foi negociar na Europa, faz com que Hans nem por um minuto deseje afastar-se dela.

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

O casal que se dá muito bem e tem uma vida muito boa na Suíça nem imagina o que terão de enfrentar no mundo novo que pretendem explorar.

Os pais de ambos tentam tirar a ideia da cabeça deles de todas as formas, mas não conseguem.

Estão decididos a deixar a Suíça e ir na direção do Brasil, em busca de crescimento financeiro.

Mais tarde eles lembrarão com saudade dos locais deixados para trás, enquanto viviam na Suíça e dos passeios românticos feitos na ocasião.

Levarão na lembrança os alpes Suíços e a Europa, da época, coisas que não voltarão a ver até seu último filho nascer.

Eles só voltaram à Suíça novamente quando os pais de Hans completarem cinquenta anos de casados e reunirem a família para uma grande festa.

Que será mais, uma forma de trazer Hans para a Suíça para reverem-no.

O que levará Magdalena a ver os seus pais, poucos meses antes de o primeiro deles falecer.

Seu pai.

A CHEGADA

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

A viagem de navio é exaustiva.

Embora em primeira classe e com todo conforto possível em uma embarcação do tipo.

Longas distâncias a serem percorridas, dão margem a muita coisa.

E olhar lá fora sempre a mesma imagem, onde o azul do mar e do céu se confundem, acaba se tornando chato e cansativo.

E chegar, parece um processo sem fim.

Só que o capitão sabe para onde vai, e sabe como chegar.

E chega ao destino.

O que até sair do seu país era uma aventura, se tornou, uma encrenca sem fim.

Chegaram ao Brasil, finalmente.

Já no porto percebem a diferença de seu país para o Brasil.

A começar pelo clima.

Desembarcam no Rio de Janeiro, um calor extremo.

Eles estavam acostumados ao clima bem mais fresco, Suíço.

As estações do ano também são diferentes e a adaptação, não vai ser rápida e fácil, como pensavam Hans e Magdalena antes de saírem de sua terra natal.

A promessa é que terão terras para plantar e as receberam do próprio rei.

O casal chega ao Brasil, pelo porto de Santos, em 1817.

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O MENINO DE PÉS DESCALÇOS

Vem com alguns austríacos, que são parentes da esposa de D. Pedro, Leopoldina da Áustria, como é conhecida.

Como todo ser humano que muda de país, Hans vai descobrir que sua vida